CONTO DE NATAL
Letícia Afonso Lourenço, nº 13, 6º A
O melhor presente do mundo
O melhor presente do mundo
Numa
cidade muito longe de Portugal, vivia um menino chamado Pedro. Ele vivia com a
mãe e com o pai. O menino era muito arrogante e só pensava nele, pois andava
numa escola privada, tinha muitas empregadas e muitos brinquedos.
A
casa onde viviam era muito grande, feita em pedra com portas de madeira. Por
dentro, era enfeitada com os mais belos móveis, especialmente o quarto de
Pedro, que estava cheio de prateleiras com os mais caros brinquedos.
Antes
da noite de Natal, o menino saiu à janela do quarto, olhou para o céu estrelado
e viu uma estrela muito reluzente. Pedro ficou a olhar para a estrela durante
alguns minutos e, mesmo antes de se ir deitar, pediu um desejo “o maior
presente do mundo”.
No
dia seguinte, quando acordou, foi a correr para a árvore de Natal. Qual não foi
o seu espanto ao ver que não havia árvore…
O
menino olhou à sua volta e viu uma casa pobre, onde não havia brinquedos, nem
empregados e as suas vestes já não eram as de marca, de normalmente. Pedro
ficou super assustado e decidiu sair à procura de respostas.
Quando
chegou à rua, viu as crianças a jogarem à bola, às cartas e a conviverem umas
com as outras. Ficou surpreendido! Como se podiam apenas divertir com umas
cartas e com a bola?! Um menino parou de jogar e dirigiu-se a ele:
-
Vem jogar connosco! É muito divertido!
-
Eu não vou jogar com camponeses. – Disse Pedro, saindo do local em direção a um
lago que estava à sua frente.
Quando
chegou ao lago, sentou-se numa pedra e começou a olhar à sua volta. Depois de
muito procurar, avistou uma muralha de pedra com portas de bronze. Dirigiu-se a
correr para aquela bela cidade, aonde parecia ser a sua antiga casa. Quando lá
chegou pediu a um guarda para entrar.
-
Onde pensas que vais, rapazinho? Este não é o teu lugar! O teu lugar é no
campo. – Riu-se o guarda retirando Pedro do recinto.
Pedro
voltou para a aldeia desolado. Sentou-se na pedra ao lado do lago, onde se viu
refletido na água. Começou a chorar e a perceber a vida dura de camponês. De
repente, sente uma mão a pousar no ombro e uma voz sussurrou-lhe:
-
O que tens? Porque choras? Sabes que amanhã é Natal…
-
Amanhã?! O Natal é hoje! Devia estar em casa rodeado de brinquedos, não aqui
sem nada para fazer. – Respondeu Pedro cada vez mais desolado.
-
O Natal não é só brinquedos, é tudo o que vês à tua volta. O Natal são os
amigos, a amizade e, em primeiro lugar a partilha e o amor. Anda brincar
connosco e vais sentir-te melhor.
Pedro
levantou-se e foi com o menino. Ao chegar, receberam-no muito bem e brincaram
até o dia acabar. Ao anoitecer, ele foi para casa cheio de medo, pois estava
todo sujo e a mãe detestava sujidade.
De
repente, deu um salto, olhou à sua volta e apercebeu-se que estava no seu
quarto de sempre. Afinal tudo não passara de um sonho. Pedro estava confuso,
mas melhor do que nunca. Encontrara a amizade, “o melhor presente do mundo”.
No
dia seguinte, Pedro acordou, olhou para o calendário e viu que era Natal. Saiu
do quarto a correr, pegou nos seus brinquedos e foi à aldeia vizinha. Ainda de
pijama Pedro deixou todos os brinquedos à porta dos meninos da aldeia. À tarde,
saiu e foi brincar com as crianças na rua.
A
partir desse dia, Pedro deixou de ser egoísta e passou a olhar para todos de
forma igual.
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