29 de janeiro de 2016

Conto de Natal - contos vencedores

CONTO  DE NATAL

Letícia Afonso Lourenço, nº 13, 6º A

O melhor presente do mundo


Numa cidade muito longe de Portugal, vivia um menino chamado Pedro. Ele vivia com a mãe e com o pai. O menino era muito arrogante e só pensava nele, pois andava numa escola privada, tinha muitas empregadas e muitos brinquedos.
A casa onde viviam era muito grande, feita em pedra com portas de madeira. Por dentro, era enfeitada com os mais belos móveis, especialmente o quarto de Pedro, que estava cheio de prateleiras com os mais caros brinquedos.
Antes da noite de Natal, o menino saiu à janela do quarto, olhou para o céu estrelado e viu uma estrela muito reluzente. Pedro ficou a olhar para a estrela durante alguns minutos e, mesmo antes de se ir deitar, pediu um desejo “o maior presente do mundo”.
No dia seguinte, quando acordou, foi a correr para a árvore de Natal. Qual não foi o seu espanto ao ver que não havia árvore…
O menino olhou à sua volta e viu uma casa pobre, onde não havia brinquedos, nem empregados e as suas vestes já não eram as de marca, de normalmente. Pedro ficou super assustado e decidiu sair à procura de respostas.
Quando chegou à rua, viu as crianças a jogarem à bola, às cartas e a conviverem umas com as outras. Ficou surpreendido! Como se podiam apenas divertir com umas cartas e com a bola?! Um menino parou de jogar e dirigiu-se a ele:
- Vem jogar connosco! É muito divertido!
- Eu não vou jogar com camponeses. – Disse Pedro, saindo do local em direção a um lago que estava à sua frente.
Quando chegou ao lago, sentou-se numa pedra e começou a olhar à sua volta. Depois de muito procurar, avistou uma muralha de pedra com portas de bronze. Dirigiu-se a correr para aquela bela cidade, aonde parecia ser a sua antiga casa. Quando lá chegou pediu a um guarda para entrar.
- Onde pensas que vais, rapazinho? Este não é o teu lugar! O teu lugar é no campo. – Riu-se o guarda retirando Pedro do recinto.
Pedro voltou para a aldeia desolado. Sentou-se na pedra ao lado do lago, onde se viu refletido na água. Começou a chorar e a perceber a vida dura de camponês. De repente, sente uma mão a pousar no ombro e uma voz sussurrou-lhe:
- O que tens? Porque choras? Sabes que amanhã é Natal…
- Amanhã?! O Natal é hoje! Devia estar em casa rodeado de brinquedos, não aqui sem nada para fazer. – Respondeu Pedro cada vez mais desolado.
- O Natal não é só brinquedos, é tudo o que vês à tua volta. O Natal são os amigos, a amizade e, em primeiro lugar a partilha e o amor. Anda brincar connosco e vais sentir-te melhor.
Pedro levantou-se e foi com o menino. Ao chegar, receberam-no muito bem e brincaram até o dia acabar. Ao anoitecer, ele foi para casa cheio de medo, pois estava todo sujo e a mãe detestava sujidade.
De repente, deu um salto, olhou à sua volta e apercebeu-se que estava no seu quarto de sempre. Afinal tudo não passara de um sonho. Pedro estava confuso, mas melhor do que nunca. Encontrara a amizade, “o melhor presente do mundo”.
No dia seguinte, Pedro acordou, olhou para o calendário e viu que era Natal. Saiu do quarto a correr, pegou nos seus brinquedos e foi à aldeia vizinha. Ainda de pijama Pedro deixou todos os brinquedos à porta dos meninos da aldeia. À tarde, saiu e foi brincar com as crianças na rua.

A partir desse dia, Pedro deixou de ser egoísta e passou a olhar para todos de forma igual.

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