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Era
uma vez uma menina chamada Glória, que vivia numa aldeia muito pequenina, com
um número de habitantes muito pequenino.
Glória
vivia com a sua mãe e avó pois o seu pai estava ausente e habitava numa cidade
para ganhar dinheiro.
Apesar
de ser uma menina normal, semelhante a tantas outras, Glória tinha uma
caraterística muito especial: não conseguia dormir sem lhe contarem uma
história.
Por
esse motivo, a caraterística da Glória, tornava-se um problema para toda a
aldeia. Cada noite, um habitante deslocava-se à casa da menina e lia-lhe ou
contava-lhe uma história. Isso implicava que um dos habitantes passasse uma
noite inteira com a Glória e não dormisse, o que os deixava fatigados durante o
dia. Ao contrário deles, Glória sentia-se feliz.
A
própria professora da menina tinha até organizado um horário para que os
habitantes se revezassem e soubessem o dia que deveriam contar-lhe a história.
Como
não vivia com a filha, o pai enviava-lhe longas cartas contando as suas
viagens.
Certo
dia, a garota recebeu, pelo correio, uma encomenda do pai. Como não era uma
altura especial ela ficou admirada e surpreendida com este presente.
Tratava-se
de uma caixinha azul, com estrelas prateadas. Lá dentro estava uma fadinha que
usava uma camisa de dormir até aos pés, com olhos fechados. À sua volta, tudo
brilhava. Acompanhando a caixinha estava uma carta de seu pai.
Na
carta, o pai dizia à menina para colocar a fada dentro da almofada. Assim que a
introduzisse, ela tornar-se-ia invisível e sussurar-lhe-ia ao ouvido bonitas
histórias e que nunca tinham sido contadas.
Entusiasmada,
Glória decidiu não contar a ninguém o seu novo segredo. A mãe ficou
surpreendida pois a filha, sempre que recebia um presente do pai, partilhava-o
com ela e a avó.
Quando
anoiteceu, o seu tio Afonso preparou-se, como habitualmente, para ir à casa da
Glória contar-lhe outra história.
Enquanto
contava a história, o tio apercebeu-se que chovia e dirigiu-se à janela. Quando
se preparava para contar a história, reparou que Glória estava a dormir. Muito
admirado, o tio aproximou-se da sobrinha para ver se ela realmente dormia.
No
dia seguinte, quando acordou, Glória gritou pela mãe e pela avó para lhes
contar o seu primeiro sonho. Tinha conseguido dormir!
Resolvido
o seu problema, Glória deixou de precisar que lhe contassem histórias e passou
a sonhar e partilhar os seus sonhos com todas as pessoas da aldeia, que a
ouviam atenta e entusiasmadamente.
4º
ano, turma A
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