15 de abril de 2012

O MISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE

Era uma vez uma terra escondida nas profundidades do Oceano Atlântico. Só sabiam desta terra os animais do oceano, todos menos os tubarões, que formavam o grupo FX.
Todos os exploradores queriam descobri-la, investigá-la,…
Certo dia, o grupo FX descobriu a terra e tiveram uma ideia horrorosa:
-Vamos usar os, procuramos um explorador, trazemo-lo até cá e mostramos-lhe a terra.- Exclamou o tubarão Gil poderes de transformação em humanos.
Todos concordaram com o Gil.
Enquanto os tubarões preparavam o seu plano, os outros animais combinavam uma reunião para limpar as casas e dar um nome à suja e assustadora terra:
- Reunimos às cinco da manhã, para que os FX não descubram. Vamos precisar de toda a ajuda possível: os golfinhos médicos, para o caso de encontrarmos um ferido; as baleias bombeiras, porque os produtos químicos podem desencadear um incêndio; as tartarugas para transportarem as pedras que estão no chão; os chernes para vigiarem o terreno; os cavalos-marinhos para manterem os FX debaixo do nariz; os polvos construtores para remodelarem as casas e os peixes balões para arranjarem as máquinas usadas. Acho que é tudo. – Terminei.
- A nossa chefe, médica golfinha Íris é a maior.- Disseram todos os animais presentes na reunião.
Às  quatro e quarenta e cinco da manhã do dia seguinte, o meu búzio (despertador) tocou a minha música preferida, o som do mar.
Quando o tic-tac deu as cinco horas, a minha porta era a mais concorrida da zona:
- Ai, faltam os cavalos - marinhos e os chernes… Onde estão?- perguntei intrigada.
- Ó Íris, és sempre a mesma coisa, tontinha, então eles não estão já a cumprir com a sua parte?
- Ah, pois é, sou tão esquecida!
Partimos às cinco e um quarto para a terra escondida.
Quando chegamos, eram seis horas e encontramos o grupo dos chernes fardados como policias, a vigiar para que ninguém entrasse em terra:
- Bons dias, prontos para o trabalho? - perguntaram os agentes chernes.
- Prontos! – respondemos.
Não perdemos tempo e começamos a trabalhar, mas havia qualquer coisa que não estava a bater certo, porque tudo o que se encontrava nas “casas” eram quadros para escrever e com uma profissão que estava ilegível e abstrata. Sinceramente, já começava a achar tudo muito estranho, até que de repente oiço:
- Venham cá ver isto.- exclamaram os salmões muito aflitos.
Entretanto, a minha estrela-do-mar toca, confesso, fiquei assustada:
- Não conseguimos, precisamos de ajuda, protege os animais que estão a ajudar na limpeza, na restauração!- exclama o cavalo -marinho Sal, a chorar.
- Estou a ficar assustada, mas o melhor é ir ver o que está a acontecer- pensei com os meus botões.
- Olá Íris, então tudo bem? Nunca pensei…não nos convidaste para este evento tão solidário.- cumprimenta ironicamente o membro mais inferior do grupo.
- Cala- te idiota!- diz Gil, dando uma bofetada no seu colega António.
- O que fazeis aqui?! Qual é a vossa ideia?-perguntei.
- A nossa ideia?- pergunta Gil ironicamente.
Com algum esforço tentei controlar-me, acabar com a conversa e tirá-los dali para fora.
Quando cheguei a casa, peguei na minha lista de tarefas e risquei ”limpar as casas”. Estava tão cansada que adormeci mais rápido que uma chita a correr atrás da sua presa.
E assim acabou o primeiro dia da grande restauração.
O búzio voltou a tocar à mesma hora e marcava o início de mais um dia.
As tarefas seriam: dar um nome à terra, limpar os quadros descobertos no dia anterior e remodelar a mobília.
Às  6 horas, já estávamos na terra a escolher o seu nome:
- Que tal “Imaginolândia”? – diziam uns.
- Gostam de “Paraíso”? – perguntavam outros.
Esta tarefa era muito difícil, até que ,se ouvem umas vozes lá do fundo:
- E se for “Amigomania”? – propuseram os  tubarões,  Gil, o chefe,  Alexandre e o Cláudio.
- Onde está o António? – perguntamos todos.
- O António jurou-vos vingança e a nós também, depois daquilo que se passou ontem. – responde o Gil.
No meu pensamento tudo aquilo era muito confuso:
- A vossa atenção, por favor! Vou a casa buscar umas coisas que faltam, já volto.
Levei a minha conselheira baleia, a Diana:
- O que achas de tudo isto? – perguntei.
- Sinceramente não sei que te diga, até eu estou espantada com isto. – responde a baleia.
- O melhor é voltarmos, porque eu não quero que comecem a desconfiar da demora. – aconselhei.
Quando chegamos à terra, concretizamos as tarefas previstas e escolhemos um nome, que só será revelado no final.
A terra já estava limpa, remodelada e com um nome, só faltava mesmo descobrir o significado das profissões.
Achamos melhor deixar esse pequeno, mas misterioso detalhe para o dia seguinte.
Esta noite deu para pensar e achar que os três FX estavam a ser verdadeiros. 
No dia seguinte, pusemos as nossas cabeças a pensar, os cavalos-marinhos a trabalhar e a vigiar o António.
Voltando à terra, há um acontecimento muito esquisito, para não dizer surreal: um pequeno papel brilhante como um raio de sol caiu do céu e dizia:
- Tereis de vos dividir em grupos para descobrir o próximo papel. – li – os grupos terão de ter um chefe, um secretário e outros elementos. – terminei.
Os grupos eram: os golfinhos, onde eu era o chefe e a Paula a secretária; as baleias cujo chefe era a Diana e a secretária a Adriana; as tartarugas, cujo chefe era o Cristiano e o secretário, o Jorge; os chernes com a chefe Ana Sofia e secretária Andrea; os cavalos-marinhos chefiados pela Mariana, tendo como secretária, a Inês; os salmões chefiados pela Helena e com o secretário Francisco; os polvos com a chefe Ana e a secretária Beatriz e os peixes balões tinham a chefe Susana e a secretária Isabel.
Começamos a procurar pelos compartimentos que nos tinham calhado e encontramos o segundo papel que dizia que tínhamos de tentar descobrir o que estava nos quadros e qual era a sua função.
- Mais uma tarefa complicada! – exclamamos.
O terceiro papel estava a cair do céu, quando o meu búzio toca e ouço:
- O António está na casa dos Cortês com a respetiva família: o explorador Diogo Cortês, a sua esposa Daniela Cortês e a sua filha Juliana Cortês. – diz o cavalo-marinho Sal.
- Ok! Mantenham a calma e tentai descobrir mais algumas informações.- disse eu.
O terceiro papel dizia que já podíamos limpar os quadros, porque tínhamos superado os dois desafios anteriores, com sucesso e acima de tudo em conjunto e as imagens já estavam legíveis.
Foi o que fizemos.
As imagens representavam as profissões do oceano e em cada quadro havia um cartão que descrevia a profissão.
- Íris, o explorador e a sua família estão a entrar no mar, prepara-te e mantém a calma.- avisa o Sal.
-Está bem, vem até cá.- pedi.
Às cinco da tarde, estavamos frente a frente, de um lado eu e os meus amigos e do outro o António e a família Cortês:
- Desculpe, qual é o seu nome?- perguntei.
- Eu?-perguntou o explorador Diogo.
- Sim, o senhor.- respondi.
- O meu nome é Diogo Cortês, a minha mulher Daniela Cortês e a minha filha Juliana Cortês.- esclareceu o explorador.
- Com licença, é possível acompanhar-me?-voltei a perguntar.
O Sr. Cortês acompanhou-me até uma das salas e aí ocorreu uma pequena conversa, onde eu expliquei que se o segredo fosse revelado, o oceano perderia a sua magia e o seu mistério e ainda poderia haver imensa poluição.
No final, o Sr. Diogo Cortês desistiu da ideia.
Para festejar este acontecimento, decidimos organizar uma festa com roupas a rigor e para isso convidamos as raias estilistas ,a Ana Rita e a Eva.
A festa foi uma semana mais tarde e não nos esquecemos de convidar a família Cortês.
O António foi preso, por usar os poderes incorretamente.
Quase me esquecia, o nome da terra é MISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE.     
  
Autora: Juliana Rodrigues
6º B

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