21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia

Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram
Corolas que se desdobram
Corpos que em sangue soçobram
Vidas que a amar se consagram

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria

Todo o tempo é de poesia

Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia

António Gedeão

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